segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Oxum, deusa das águas doces e do ouro


OXUM

   
Mãe da água doce, Rainha das cachoeiras, deusa da candura e da meiguice, dona do ouro. Oxum é a Rainha de Ijexá. Orixá da prosperidade, da riqueza, ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da mãe.
Oxum exerce uma ampla influência no comportamento dos seres humanos, regendo principalmente o lado teimoso e manhoso, além daquele espírito  maquiavélico que existe em todos nos.
Dizem que “ a vingança é um prato que deve ser servido frio” e a articulação da vingança e seus pormenores tem a influência  desta força da Natureza. No bom sentido, Oxum é o “veneno” das palavras, é o comportamento piegas das pessoas, é a forma “metida”, esnobe, apresentada, principalmente pelo sexo feminino. Oxum é o cochicho, o segredinho, a fofoca. Geralmente está presente quando um grupo de mulheres se reúne. É o seu habitat, pois está encantada nas conversas, nos risinhos, nos comentários, nas intriguinhas.
Oxum rege o charme, o it, a pose. Tudo que está ligado à sensualidade, à sutileza, ao dengo, tem a regência de Oxum. Esta força é que desenvolve tais sentimentos e comportamentos nos indivíduos, sendo o sexo feminino o mais influenciado.
Oxum também é o flerte, o namoro, a paquera, o carinho. É o amor, puro, real, maduro, solidificado, sensível. Oxum não chega a ser a paixão. Esta é Iansã . Oxum é o amor, aquele verdadeiro. Ela propicia e alimenta este sentimento nos homens, fazendo-os ser mais calmos e românticos.
Realmente, Oxum é a Deusa do Amor. Sua força está presente  no dia-a-dia, pois que não ama de verdade? Embora o  mundo de hoje esteja tumultuado demais, ainda existe espaço no coração do homens para o amor. Ele ainda existe, e Oxum é quem  gera este sentimentos mágico. Aliais, Oxum está muito intimamente ligada à magia. É sabido pelo povo do  candomblé que o filhos de Oxum são muito chegados ao feitiço. E isso tem explicação: Oxum é a divindade africana mais ligada às Yámi Oxorongá, feiticeiras, bruxas. Com elas aprendeu a arte da magia. Por isso, os filhos de Oxum são tão poderosos nesta arte.
Mas a magia está  presente em quase tudo que fazemos, principalmente no que se refere ao coração, ao sentimento. Oxum é o encanto desses momentos, sua presença se dá nessas horas.
Oxum é os sentimentos doces, equilibrados, maduros, sinceros, honestos. É o sentimento definitivo, aquele que dura a toda a vida. Oxum é a paz no coração, é o saber que “amo e sou amado”.
Mas ele se encanta também na manha, no denguinho feminino, na vontade de ter algo, apenas por ter. Ela é o mimo, a menininha mal acostumada. É a sensualidade do “biquinho” feminino, quando quer uma coisa. É o charme!
Oxum também é a água doce, o olho d’água, onde encanta seu filho Logun-Éde. É a cachoeira, o rio, que também tem a regência de seu filho. É a queda da água da cascata.
Regente do ouro, ela está presente e se encanta em joalherias e outros lugares onde se trabalha com ouro, seu metal predileto e de regência absoluta. É a protetora dos ourives. Oxum é o próprio outro, e está presente em todas as peças e jóias feitas com este metal.
Entretanto, a regência  mais fascinante de Oxum é a fecundação, melhor, o processo de fecundação. Na multiplicação da célula mater – que vai gerar a criança, a nova vida no ventre – Exu entrega a regência  para Oxum, que vai cuidar do embrião, do feto, até o nascimento. É Oxum que vai evitar o aborto, manter a criança viva e sadia na barriga da mãe. É Oxum que vai reger o crescimento desta nova vida que estará, neste período de gestação, numa bolsa de água – como ela, Oxum, rainha das águas. É sem duvida alguma, uma das regências mais fascinantes, pois é o inicio, a formação da vida. E Oxum “tomará conta” até o nascimento, quando, então, entregará para Yiá Ori (Iemanjá), que dará destino àquela criança.
Como disse antes, Oxum é uma força da Natureza muito presente em nossas vidas, já que todos nós fomos gerados no útero materno; todos nós convivemos, ainda na barriga da mãe, com Oxum e, num breve sentimento de carinho e amor, estaremos desenvolvendo esta força dentro de nós. Oxum é o amor e a capacidade de sentir amor. E se amamos algo ou alguém é porque ela está viva dentro de nós.

Mitologia
Filha de Oxalá, Oxum sempre foi uma moça  muito curiosa, bisbilhoteira, interessada em aprender de tudo. Como sempre fora mimosa e manhosa, além de muito mimada, conseguia tudo do pai, o deus da brancura. Sempre que Oxalá queria saber de algo, consultava Ifá. O Senhor da adivinhação, para que ele visse o destino  a ser seguido. Ifá, por sua vez, sempre dizia à Oxalá:
- Pergunte a Exu, pois ele tem o poder de ver os búzios!
E este acontecimento se repetia a cada vez que Oxalá precisava saber de algo. Isto intrigou Oxum, que pediu ao pai para aprender a ver o destino. E Oxalá disse à filha:
- Oxum, tal poder pertence a Ifá, que proporcionou a Exu o conhecimento de ler e interpretar os búzios. Isto não pode lhe dar!
Curiosa Oxum procurou, então, uma saída. Sabia que o segredo dos búzios estava com Exu e procurou-o para lhe ensinasse.
- Ensina-me, Exu! Eu também quero saber como se vê o destino.
Ao que Exu respondeu:
Não, não! O segredo é meu, e me foi dado por Ifá. Isso eu não ensino!
Exu estava intransigente. Oxum sabia disso e sabia que não conseguiria não conseguiria nada com ele. Partiu, então, para a floresta, onde viviam as feiticeiras Yámi  Oxorongá. Cuidadosa, foi se aproximando pouco a pouco do âmago da floresta. Afinal, sua curiosidade e a decisão de desbancar Exu eram mais fortes que o medo que sentia.
Em dado momento deparou-se com as Yámi, empoleiradas nas árvores. Entre risos e gritos alucinantes, perguntaram À jovem Oxum:
- O que você quer aqui mocinha?
- Gostaria de aprender a magia! Disse Oxum, em tom amedrontado.
- E por que quer aprender a magia?
- Quero enganar Exu e descobrir o segredo dos búzios!
As Yámi, há muito querendo “pegar Exu pelo pé”, resolveram investir na jovem Oxum, ensinando-lhe todo o tipo de magia, mas advertiram que, sempre que Oxum usasse o feitiço, teria que fazer-lhes uma oferenda. Oxum concordou e partiu.
Em seu reino, Oxalá já se preocupava com a demora da filha que, ao chegar, foi diretamente ao encontro de Exu. Ao encontrar-se com este, Oxum insistiu:
- Ensina-me a ver os búzios, Exu?
- Não e não! Foi sua resposta.
Oxum, então, com a mão cheia de um pó brilhante, mandou que Exu olhasse e adivinhasse o que tinha escondido entre os dedos. Exu chegou perto e fixou o olhar. Oxum, num movimento rápido, abriu a mão e soprou o pó no rosto de Exu, deixando-o temporariamente cego.
- Ai! Ai! Não enxergo nada, onde estão meus búzios? Gritava Exu.
Oxum, fingindo preocupação e interesse em ajudar, perguntou a Exu:
- Eu os procuro, quantos búzios, formam o jogo?
- Ai! Ai! São 16 búzios. Procure-os para mim, procure-os!
- Tem certeza de que são 16, Exu? E por que seriam 16?
- Ora, ora, porque 16 são os Odus e cada um deles fala 16 vezes, num total de 256.
- Ah! Sei. Olha, Exu, achei um, ele é grande!
- É Okanran! Ai! Ai!  Não enxergo nada!
- Olha, achei outro, é menorzinho.
- É Eji-okô, me dê, me dê!
- Ih! Exu,. Achei um compridinho!
- E Etá-Ogundá, passa para cá....
E assim foi , até chegar ao ultimo Odu, Inteligente, oxum guardou o segredo do jogo e voltou ao seu reino. Atrás de si, deixou Exu com os olhos ardidos e desconfiados de que fora enganado.
- Hum! Acho que essa garota me passou para trás!
No reino de Oxalá, Oxum disse ao seu pai que procurara as Yámi, que com elas aprendera a arte da magia e que tomara  de Exu o segredo do Jogo de Búzios. Ifá, o Senhor da adivinhação, admirado pela coragem e inteligência de Oxum, resolveu dar-lhe, então, o poder do jogo e advertiu que ela iria regê-lo juntamente com Exu.
Oxalá quis saber ao certo o porquê de tudo aquilo e pediu explicações à filha. Meiga, Oxum respondeu ao pai:
- Fiz  tudo isso por amor ao Senhor, meu pai. Apenas por amor!
“Ora Yê Yê, amor.... Ora Yê Yê, Oxum...


Exu Mirim Brasinha, na umbanda





Exú brasinha bem como os exús que vem sob a forma de crianças,são espiritos que trabalham na proteção contra quiumbas e obssesores que se volte contra crianças protegendo as mesmas contra demandas e ataques contra a sua inocência



Contam alguns que exú brasinha foi um moleque muito arteiro, viveu no brasil colônia e sofreu abusos sexuais, bem como outros abusos de tortura, coisa considerada natural praticar contra os escravos, sendo que os feitores e senhores de engenho julgavam que os negros não tinham alma;Algo errado em julgamento. 

Exú brasinha recebe esse nome pois ao tentar se rebelar contra o feitor foi preso por este, torturado e queimado, sendo que passou por dores imensas dentro da senzala e desencarnou por conta da infecção causada pelas feridas e queimaduras; 

Exú brincalhão não admite abusos de qualquer espécie e rege as crianças peraltas, dando a elas discernimento

os exús em geral são seres mágicos associados a espiritos humanos que sofreram muito. Esses seres elementais que associados ao espirito humano formam essa linha chamada exús, bombogiros/ bombogiras(exús de duas cabeça) e pomba-giras e dentro delas temos os mirins, exús mirins, sendo que alguns exús como calunga podem vir sob a roupagem dos mirins ai ele seria chamado calunguinha. 


Texto de: Marcos Paulo;

Santa Sara Kali, a rainha dos ciganos.

Santa Sara Kali
(A cigana escrava que venceu os mares com sua fé e virou santa)
Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões.
Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Aí então Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito. Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rhône, hoje a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer. Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias.
Sua história e milagres a fez Padroeira Universal do Povo Cigano, sendo festejada todos os anos nos dias 24 e 25 de maio. Segundo Míriam Stanescon - Rorarni (princesa do clã Kalderash), deve ter nascido deste gesto de Sara Kali a tradição de toda mulher cigana casada usar um lenço que é a peça mais importante do seu vestuário: a prova disto é que quando se quer oferecer o mais belo presente a uma cigana se diz: Dalto chucar diklô (Te darei um bonito lenço).
Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar. Muitas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mer no sul da França, fariam uma noite de vigília e depositariam em seus pés como oferenda um diklô, o mais bonito que encontrassem. E lá existem centenas de lenços, como prova que muitas ciganas receberam esta graça.
Para as mulheres ciganas, o milagre mais importante da vida é o da fertilidade porque não concebem suas vidas sem filhos. Quanto mais filhos a mulher cigana tiver, mais dotada de sorte ela é considerada pelo seu povo. A pior praga para uma cigana é desejar que ela não tenha filhos e a maior ofensa é chamá-la de DY CHUCÔ (ventre seco). Talvez seja este o motivo das mulheres ciganas terem desenvolvido a arte de simpatias e garrafadas milagrosas para fertilidade.
 
OFERENDA
Num local reservado de sua casa, forre uma mesinha com uma toalha florida ou a cor de sua preferência (menos preta), coloque a imagem de Santa Sara (caso a tenha), coloque num vaso rosas brancas, amarelas e rosa, um prato dourado de papelão contendo 3 maçãs vermelha, 1 cacho de uva rose e 1 da verde, 6 flores de trigo, acenda um incenso de rosas, 3 velas azuis formando um triângulo com o prato ao meio, borrife essência de rosas e ofereça a Santa Sara, fazendo a oração acima e os seus pedidos.




Cultura dos ciganos.

A Cultura Cigana

Gypsies, gitanos, zíngaros, ciganas pessoas Rom, juntamente com os Sintos e os Calon ou Calé são designados vulgarmente por "Ciganos". São pessoas tradicionalmente nómadas, originárias do norte da Índia e que hoje vivem espalhadas pelo mundo, especialmente na Europa, sendo sempre uma minoria étnica nos países onde vivem.

A maioria dos Roms fala alguma forma do idioma romanês, língua muito próxima das modernas línguas indo-europeias do norte da Índia e do Paquistão. A moderna antropologia relacionou a língua romani com as línguas punjabi e potohari, faladas no norte do Paquistão.

Os Rom são muitas vezes tidos como possuidores de poderes psíquicos (há mesmo o estereótipo do "cigano que prevê o futuro"), e a invenção do tarô é-lhes por vezes creditada.

As Caravanas - Acampamento em Arles, França, pelo pintor Vincent van Gogh.


Maiores concentrações de ciganos no Mundo:

Alemanha : 100.000
Albânia: 70.000
Argentina: 317.000
Bósnia 17.000
Brasil: 678.000
Bulgária: 700.000 - 800.000
Croácia: 9.463
Espanha : 600.000–800.000
Finlândia: 10.000
Grécia: 300.000-350.000
Hungria: 190.046 (2001 censos)
Irão: 110.000
Macedônia: 53.879
Montenegro: 2.601
Polónia: 15.000–50.000
Portugal: 40.000
Reino Unido: 40.000
República Checa: 120,000 - 220,000
Roménia: 535.140 (2002 censos), outros censos calculam entre 1.500.000 - 2.000.000
Rússia: 183.000
Sérvia: 108.193
Eslováquia: 92.500
Turquia : não oficial 500.000 - 2 milhões de pessoas.
Ucrânia: 48.000

Segundo Carlos Fontes, são originários da Intuía, os primeiros ciganos terão começado a entrar na Europa por volta do século XII. As primeiras notícias da sua presença em Portugal datam da segunda metade do século XV.  

Algumas dezenas de anos depois de se instalarem em Portugal, já os ciganos estavam identificados com a imagem negativa que irá perdurar até aos nossos dias e que continuamente será evocada para os reprimir ou expulsar. A comunidade cigana resistiu a tudo e aqui permaneceu.

Hoje enfrenta um novo e decisivo desafio: a integração imposta em nome do progresso e dos direitos humanos.

Gil Vicente, dedicou-lhes uma peça de teatro - Farsa de Ciganos - representada em Évora, em 1521 ou 1525. Nesta altura, os ciganos são já identificados como comunidade de gente nómada que se dedica a roubar num sítio aquilo que vão vender no outro. Dominam o comércio das cavalgaduras, em especial aquelas que se encontram doentes fazendo-as passar por animais de boa saúde. Celebrizaram-se também por se dedicaram às práticas de feitiçaria, quiromancia e cartomancia.

Percorrem o país em bandos (quadrilhas) a que se juntam não raro, outros foragidos às malhas da Lei.

Evocando tudo isto, D. João III, pelo Alvará de 13 de Março de 1526, proibiu-os de entraram em Portugal, ordenando a expulsão de todos os que aqui viviam. Ao longo dos séculos são inúmeras as leis promulgadas com idêntica finalidade. Sempre mais severas, mas sempre inúteis. Uma das últimas, foi a de D. João V, em 10 de Dezembro de 1718.

A partir do século XIX, o Estado deixou de colocar a questão da expulsão dos ciganos, passando a considerá-los cidadãos portugueses, embora soubesse que estes se auto-excluem de prestar qualquer serviço à comunidade, nem se manifestam dispostos a aceitarem as suas leis.

Nas últimas décadas, o modo de vida dos ciganos pouco se alterou, enquanto Portugal permaneceu um país essencialmente rural. Os ciganos continuaram a ser nómadas, dedicando-se ao comércio ambulante.

O abandono dos campos e a concentração da população portuguesa nas cidades, acabou por forçar os ciganos a sedentarizarem-se, tendo a maioria deles fixando-se nas períferias das cidades, onde continuaram a dedicaram-se à venda ambulante, nomeadamente de produtos contrafeitos.

As tradicionais tendas foram substituídas por bairros de barracas. As carroças puxadas mulas foram substituídas por carrinhas.

Apesar de tudo, os ciganos continuaram a resistir a todo e qualquer processo de integração. As crianças, sobretudo as raparigas, continuaram a não frequentar as escolas. A escola continua a ser vista como uma ameaça à própria sobrevivência das tradições e unidade da comunidade cigana.

Nos anos oitenta do século XX, um crescente número  de ciganos envolvem-se no comércio de droga. Famílias e famílias de ciganos e não ciganos são destruídas por este negócio que marcará esta comunidade. Este comércio acaba por reacender por todo o país as manifestações racistas tendo como alvo os ciganos.

Face ao eclodir de "milícias populares" para lincharem estas comunidades ciganas, em 1991, o governo português lança finalmente um vasto programa de apoio à sua integração social.

O realojamento destas comunidades em bairros construídos para o efeito, está  longe de ter contribuído para a sua efectiva integração. Frequentemente, como acorre em Lisboa, os bairros habitados por ciganos estão transformados em locais de grande violência, assistindo-se à sua rápida degradação. Muitos destes bairros tornaram-se em verdadeiras bases de apoio para a actuação de bandos de criminosos. Facto que contribui para afastar os restantes moradores não-ciganos, ou para a não instalação das mais diversas actividades económicas nestes bairros,  potenciando desta forma a emergência  de verdadeiros guetos urbanos.

A instituição, em 1996, do "rendimento mínimo garantido", foi uma das medidas governamentais de maior alcance, pois permitiu que muitas crianças ciganas passassem a frequentar as escolas, uma exigência  para a atribuição do subsídio às famílias. A verdade, é que pouco depois também se constatou que os resultados da sua escolarização continuavam a ser muito modestos, dado a elevada taxa de abandono escolar logo após a atribuição do subsídio.

Existem em Portugal cerca de 30 a 50 mil ciganos. O seu número varia bastante conforme as fontes. Num Inquérito feito em 2001, junto das Câmaras Municipais e de outras entidades pela SOSRacismo foi apenas apurado um total 21 831 indivíduos de etnia cigana. Segundo este estudo as comunidades ciganas estão sobretudo concentradas no litoral e nas zonas fronteiriças (Lisboa, distritos de Viana do Castelo, Castelo Branco, Coimbra e Évora).

Em Mirandela, há vários modos de vida para os ciganos. Alguns vivem em acampamentos, sobretudo em Estanca-Rios, enquanto outros residem em bairros sociais, em apartamentos e até em vivendas com boas condições de habitabilidade. O seu modo de vida está sobretudo direccionado para a venda ambulante nas várias feiras do distrito de Bragança. Contudo, outros dedicam-se à mendicidade ou estão dependentes de prestações sociais como o Rendimento Social de Inserção. A Câmara Municipal de Mirandela tem recebido inúmeros ciganos em Programas Ocupacionais do IEFP, sobretudo na área da jardinagem.

O Abade de Baçal nas suas «Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança» dedica um texto aos ciganos no distrito de Bragança no tomo V. Segundo ele, aparecem pela primeira vez na Alemanha em 1417 donde se espalharam pelo resto da Europa. E quanto aos costumes, segundo os descrevem os escritores do tempo, eram os mesmos de hoje, isto é, vaguear de terra em terra, roubar quanto podiam, ler a buena dicha, pouca religião, vestidos imundos, rosto trigueiro amarelado, cabelos pretos. A buena dicha juntaram práticas supersticiosas de feitiçaria para melhor armar os efeitos rapinantes.

Mais acrescenta que na legislação portuguesa se encontram diversos artigos referentes aos ciganos que mostram a importância numérica deste grupo étnico. O mais antigo que se conhece é o alvará de 13 de Março de 1526 que manda que não sejam admitidos no reino e que sejam expulsos os existentes.

O Abade de Baçal apresenta no tomo V, nas páginas 201 a 204, o calão dos ciganos no distrito de Bragança e a sua significação.

Hélder Rodrigues, professor em Carrazeda de Ansiães, concluiu, num estudo por si realizado e publicado em livro com o título “Ciganos – Percursos de integração e de reivindicação da identidade”, que o actual modelo de ensino não é eficaz para as crianças da comunidade cigana local. A prová-lo está a taxa de sucesso escolar no final do primeiro ciclo, ao longo dos últimos cinco anos, que é de 1,46%. Só com uma escola aberta e voltada para o ensino profissional os ciganos terão “condições para integrar o mercado de trabalho”.

Hélder Rodrigues conclui que a comunidade cigana é “gente pacata que vive na miséria”.

USOS, COSTUMES, CRENÇAS E RITUAIS

A família é sagrada para os ciganos. Os filhos normalmente representam uma forte fonte de subsistência. As mulheres através da prática de esmolar e da leitura de mãos. Os homens, atingida uma certa idade, são frequentemente iniciados em outras actividades como acompanhar o pai às feiras para ajudá-lo na venda de produtos artesanais.

Além do núcleo familiar, a família extensa, que compreende os parentes com os quais sempre são mantidas relações de convivência no mesmo grupo, comunhão de interesses e de negócios, possuem frequentes contratos, mesmo se as famílias vivem em lugares diferentes.

Os ciganos não representam um povo compacto e homogéneo. Mesmo  pertencendo a uma única etnia, existe a hipótese de que a migração desde a Índia tenha sido fraccionada no tempo, e que desde a origem fossem divididos em grupos e subgrupos, falando dialectos diferentes.

As diferenças no tipo de vida, a forte vocação ao nomadismo de alguns, contra a tendência à sedentarização de outros gera uma série de contrastes que não se limitam a uma simples incapacidade de conviver pacificamente.

Em linhas gerais, os Sintos são menos conservadores e tendem a esquecer com maior rapidez a cultura dos pais. Talvez este facto não seja recente, mas de qualquer modo é atribuído às condições socioculturais nas quais por longo tempo viveram.

Quanto aos Rom de imigração mais recente, se nota ao invés uma maior tendência à conservação das tradições, da língua e dos costumes próprios dos diversos subgrupos. A sua origem desde países essencialmente agrícolas e ainda industrialmente atrasados (leste europeu) favoreceu certamente a conservação de modos de vida mais consoantes à sua origem.

Não é possível, também em razão da variedade constituída pela presença conjunta de vários grupos, fornecer uma explicação detalhada das diversas tradições. Alguns aspectos principais, ligados aos momentos mais importantes da existência, merecem ser descritos, ao menos em linhas gerais.

Antigamente era muito respeitado o período da gravidez e o tempo sucessivo ao nascimento do herdeiro; havia o conceito da impureza coligada ao nascimento, com várias proibições para a parturiente. Hoje a situação não é mais tão rígida; o aleitamento dura muito tempo, às vezes se prolongando por alguns anos.

No casamento tende-se a escolher o cônjuge dentro do próprio grupo ou subgrupo, com notáveis vantagens económicas. Um cigano pode casar-se com uma gadjí, isto é, uma mulher não cigana, a qual deverá porém submeter-se às regras e às tradições ciganas.

A importância do dote é fundamental especialmente para os Rom; no grupo dos Sintos se tende a realizar o casamento através da fuga e consequente regularização. Aos filhos é dada uma grande liberdade, mesmo porque logo deverão contribuir com o sustento da família e com o cuidado dos menores.

No que se refere à morte, o luto pelo desaparecimento de um companheiro dura em geral muito tempo. Junto aos Sintos parece prevalecer o costume de queimar-se a kampína (o trailer) e os objectos pertencentes ao defunto.

Entre os ritos fúnebres praticados pelos Rom está a pomána, banquete fúnebre no qual se celebra o aniversário da morte de uma pessoa. A abundância do alimento e das bebidas exprimem o desejo de paz e felicidade para o defunto.

Uma criança sempre é bem vinda entre os ciganos. É claro que sua preferência é para os filhos homens, para dar continuidade ao nome da família. A mulher cigana é considerada impura durante os quarenta dias de resguardo após o parto.

Logo que uma criança nasce, uma pessoa mais velha, ou da família, prepara um pão feito em casa, semelhante a uma hóstia e um vinho para oferecer ás três fadas do destino, que visitarão a criança no terceiro dia, para designar sua sorte. Esse pão e vinho serão repartidos no dia seguinte com todas as pessoas presentes, principalmente com as crianças.

Da mesma forma e com a finalidade de espantar os maus espíritos, a criança recebe um patuá assinalado com uma cruz bordada ou desenhada contendo incenso. O baptismo pode ser feito por qualquer pessoa do grupo e consiste em dar o nome e benzer a criança com água, sal e um galho verde. O baptismo na igreja não é obrigatório, embora a maioria opte pelo baptismo católico.

Desde pequenas, as meninas ciganas costumam ser prometidas em casamento. Os acertos normalmente são feitos pelos pais dos noivos, que decidem unir suas famílias.

O casamento é uma das tradições mais preservadas entre os ciganos, representa a continuidade da raça, por isso o casamento com os não ciganos não é permitido em hipótese alguma. Quando isso acontece a pessoa é excluída do grupo.

É pelo casamento que os ciganos entram no mundo dos adultos. Os noivos não podem ter nenhum tipo de intimidade antes do casamento. Quando o casamento acontece, durante três dias e três noites, os noivos ficam separados dando atenção aos convidados, somente na terceira noite é que podem ficar pela primeira vez a sós.

Mesmo assim, a grande maioria dos ciganos, ainda exige a virgindade da noiva. A noiva deve comprovar a virgindade através da mancha de sangue do lençol que é mostrada a todos no dia seguinte. Caso a noiva não seja virgem, ela pode ser devolvida para os pais e esses terão que pagar uma indemnização para os pais do noivo.

No caso da noiva ser virgem, na manhã seguinte do casamento ela se veste com uma roupa tradicional colorida e um lenço na cabeça, simbolizando que é uma mulher casada. Durante a festa de casamento, os convidados homens, sentam ao redor de uma mesa no chão e com um pão grande sem miolo, recebem dos os presentes dos noivos em dinheiro ou em ouro.

Estes são colocados dentro do pão ao mesmo tempo em que os noivos são abençoados. Em troca recebem lenços e flores artificiais para as mulheres. Geralmente a noiva é paga aos pais em moedas de ouro, a quantidade é definida pelo pai da noiva.

Quando os ciganos deixaram o Egipto e a Índia, eles passaram pela Pérsia, Turquia, Arménia, chegando até a Grécia, onde permaneceram por vários séculos antes de se espalharem pelo resto da Europa.

A influência trazida do oriente é muito forte na música e na dança cigana. A música e a dança cigana possuem influência hindu, húngaro, russo, árabe e espanhol. Mas a maior influência na música e na dança cigana dos últimos séculos é sem dúvida espanhola, reflectida no ritmo dos ciganos espanhóis que criaram um novo estilo baseado no flamenco.

Alguns grupos de ciganos no Brasil conservam a tradicional música e dança cigana húngara, um reflexo da música do leste europeu com toda influência do violino, que é o mais tradicional símbolo da música cigana. Liszt e Beethoven buscaram na música cigana inspiração para muitas de suas obras.

Tanto a música como a dança cigana sempre exerceram fascínio sobre grandes compositores, pintores e cineastas. Há exemplos na literatura, na poesia e na música de Bizet, Manuel de Falla e Carlos Saura que mostram nas suas obras muito do mistério que envolve a arte, a cultura e a trajectória desse povo.

Os ciganos acreditam na vida após a morte e seguem todos os rituais para aliviar a dor de seus antepassados que partiram. Costumam colocar no caixão da pessoa morta uma moeda para que ela possa pagar o canoeiro a travessia do grande rio que separa a vida da morte.

Antigamente costumava-se enterrar as pessoas com bens de maior valor, mas devido ao grande número de violação de túmulos este costume teve que ser mudado. Os ciganos não encomendam missa para seus entes queridos, mas oferecem uma cerimónia com água, flores, frutas e suas comidas predilectas, onde esperam que a alma da pessoa falecida compartilhe a cerimónia e se liberte gradativamente das coisas da Terra.

As cerimónias fúnebres são chamadas "Pomana" e são feitas periodicamente até completar um ano de morte. Os ciganos costumam fazer oferendas aos seus antepassados também nos túmulos.


LITERATURA

Existem alguns livros sobre o povo cigano, sendo o mais completo e interessante o livro «O Povo Cigano», de Olímpio Nunes, que aborda a história do povo cigano, a cultura cigana e o povo cigano no século XX.

A obra «Etnografia Portuguesa», de António Augusto da Rocha Peixoto (1866-1909) contém um artigo sobre os ciganos em Portugal (págs. 44 a 50), assim como o volume IV da «Etnografia Portuguesa», de Dr. José Leite de Vasconcelos, editada pela Imprensa Nacional- Casa da Moeda, em 1980. Os artigos são a origem e presença em Portugal, a vida material e as práticas, a organização política e social e a vida psíquica.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Mestres da grande fraternidade branca.


EL MORYA
RETIRO EM DARJEELING, INDIA- DONS DA FÉ NA VONTADE DE DEUS E PALAVRAS DE SABEDORIA
Chefe do Conselho de Darjeeling da Grande Fraternidade Branca, estadista,poeta, economista e santo, fundador da Summit Lighthouse.
Em encarnações passadas na Terra foi.:Na civilização da Suméria, há 2100 anos a.C foi Abraão principe dos Caldeus e pai da nação hebraica: Akbar, o maior imperador mongol conhecido(1542);Melquior, um dos três reis magos do Oriente; Rei Artur guerreiro e guru da escola de mistérios de Camelot;;Thomas Beket e Tómas Moro(Canonizado pelo Papa Leão XIII, conselheiros de Reis ingleses Henrique II e Henrique VIII; Tomas Moore, poeta na Irlanda; Principe Indiano Mori Wong de Koko Nor;
Em 1898, Morya já cumprira os requisitos para a sua ascensão, Em 1952 ajuda na criação da Ponte Para a Liberdade;Conhecido como o Mestre M. dos Himalaias patrocinou a Sociedade Teosófica; em 1958 fundou a Summit Lighthouse.








LANTO
LANTO SE TORNOU UM MESTRE ASCENSIONADO   POR VOLTA DE 500 A.C
O Senhor Lanto, grande luz da antiga china, presta agora serviços como um dos principais sábios da América. O Senhor do 2º raio, Lanto, é um Mestre Ascenso em cuja presença a sublimidade da Mente de Deus pode ser tocada.
Lanto dá aulas no Retiro do Royal Teton que corresponde ao Grand Teton em Wyoming EUA; pois é neste foco antigo de grande luz que as sendas de todos os Sete Mestres são ensinadas  e onde os sete raios dos Elohim (Senhores dos Elementais) e dos Arcanjos estão ancoradas, situadas, em santuários.  Todos os membros da Grande Fraternidade Branca freguentam este ponto de encontro.
Mestre Lando ensina-nos a alcançar a iluminação.
Optando pelo uso do raio amarelo para envolver os corações de toda a humanidade, Lanto dedicou-se ao aperfeiçoamento das evoluções desse planeta através da CHAMA DOURADA.
EVOLUÇÃO DE LANTO
Podemos acompnhar a sua evolução como Sumo Sacerdote no Templo da Mãe Divina no continente  perdido da Lemuria - Oceano Pacífico- e em outras várias reencarnações na Atlântida.
Depois do afundamento da Atlantida (   cataclismas em :800.00 mil anos; depois 200.000 anos; depois 80.000 anos )e do desaparecimento de sua última ilha - Poseidonis em 9.564 A.C, citada por Platão, que se afundou também  em etapas, muitos adeptos e sacerdotes do FOGO SAGRADO levaram as CHAMAS para outras partes da Terra.
Era um ritual altamente necessário, uma vez que as CHAMAS focalizavam certas qualidades da Consciência de Deus em prol do Planeta e dos seus povos .
LANTO foi e é um Mestre do Poder da Precipitação.Um processo alquímico de atrair luz e substância cósmica do Universal, fazendo-a materializar numa forma física ( uma matriz material predeterminada) através da Ciência da Palavra Falada.
Lanto encarnou mais tarde como um governante da China e como um contemporâneo de Confúcio ( 551-479 A.C). Depois de sua ascensão, aceitou o cargo de Mestre Presidente do Conselho do Royal Teton a fim de trazer ao mundo ocidental a chama da Ciência , da Tecnologia, da Cultura da Mãe e do respeito à vida.
Mestre Lanto, de coração Venusiano, foi um dos primeiros guardiães da Chama e ajudou a SANT KUMARA na construção de SHAMBALLA.Ele veio trazer a luz na sua missão ao Planeta cuja humanidade se desumanizara e havia perdido o fogo original e a inteligência que animava a sua divindade.
LANTO adorava tanto a chama trina no coração que o brilho intenso dessa centelha divina podia ser vista através que um brilho- um halo dourado- que envolvia seu peito.
Ao longo dos séculos XIX e XX, Lanto deu seu fiel apoio aos esforços de Saint Germain para libertar a Humanidade através da divulgação dos Ensinamentos dos Mestres Ascensos sobre a Presença EU SOU e o FOGO VIOLETA.CHAMAVIOLETA1.GIF (4545 bytes)
A 3 de Julho de 1958, o Mestre Lanto passou seu cargo de Hierarga do retiro do Royal Teton para o Mestre Ascenso Confúcioe assumiu o cargo de Senhor do Segundo Raio que era ocupado por Kuthumi.
Kuthumi- que foi Saõ Francisco - deixou o cargo de Senhor do Segundo Raio passando a servir com Mestre Jesus comoInstrutores do Planeta.
Em 30 de Outubro de 1966, Lanto recebeu do Conselho do Carma uma dispensação muito importante para todos os establecimentos de ensino superior, seminários, faculdades :
UMA PODEROSA, TRANSCEDENTE CHAMA DOURADA DE ILUMINAÇÃO COLOCADA A UMA ALTURA DE 30 METROS NA ATMOSFERA POR CIMA DOS ESTABELECIMENTOS CITADOS.
Qualquer estudante de um estabelecimento de ensino superior pode invocar a ação desta chama  e aumentar o espledor áurico dos dons da sabedoria e do conhecimento.




 CARGO QUE OCUPA NA HIERARQUIA ESPIRITUAL :   
Mestra Rowena (complemento divino do poderoso Vitória) é Chohan do Raio Rosa o Raio do AMOR, a força coesiva do universo e um dos aspectos da Chama Trina da Eterna Verdade. Ela, também, é Hierofante do Templo da Liberdade da Beleza e das Artes e auxilia a humanidade a manifestar a Liberdade que todos tanto anelam. Liberdade espiritual, liberdade dos grilhões e limitações auto-criados que oprimem  e afligem os seres humanos, retardando o seu caminhar rumo a realização do Plano Divino.
O Chohan do 3 Raio é reconhecido como o Mestre da delicadeza, da diplomacia e da beleza. Interessa-se , muitíssimo, em estimular o talento, pois toda emanação de vida foi agraciada com uma determinada bênção que deverá oferecer à Terra.  Mestra Rowena está pronta a servir a todos  que A procuram. não só aqueles que já alcançaram o topo da escalada, mas igualmente os humildes e aqueles que colocaram os pés no primeiro degrau em direção a meta. Ela, também, confere uma atenção especial às crianças do Planeta, que deveriam crescer cercadas por amor, em ambiente propício ao desenvolvimento de virtudes divinas.
Mestra Rowena tem interesse especial pela música e solicita aos seus discípulos o uso da música  harmoniosa em seus lares, em seus santuários,  para elevação da gama vibratória dos ambientes e de seus corpos.
A Bem-Amada Mestra Rowena diz:
O Amor é um tema complexo e multiforme. O Poder do Amor é inesgotável pois que toda existência surge do Amor. Se vos abrirdes a essa caudalosa energia sereis regiamente abençoados. Usai o Poder Universal do Amor e envolvei todas as imperfeições nas irradiações do Puro Amor Divino. Enviai-as a todos os problemas, a todos os seres humanos, aos vossos ambientes e, se fordes convictos do Seu Poder de Penetração,  nada se oporá a estas intensivas irradiações de Amor impessoal.
Enviai Amor a tudo o que vos rodeia. Sua ação, sempre edificante, acalma, pacifica e consola as pessoas agitadas, impacientes e descontroladas, assim como é comum observar-se em vossos acontecimentos diários.  Esta é a lição mais importante para todos os que peregrinam no caminho à Luz: AMOR A TODA VIDA. Transformai-vos em potentes Focos do Amor e o alcance de vossa meta está garantido.
Dentro do Amor de meu coração, estou sempre ao vosso lado. Pensai em mim e pelo mesmo raio de luz de vosso pensamento Eu vos abençôo. A presteza da minha resposta não conhece barreiras.
SERAPIS BEY
RETIRO EM LUXOR-EGITO; DONS NA REALIZAÇÃO DE MILAGRES
Hierarca  de Luxor- Egito, mentor de almas ascendentes nas aplicações do fogo sagrado, arquiteto de ordens sagradas, da vida interior e de cidades da era do ouro, disciplinador militar das forças da Luz , da Paz e da Liberdade Cósmica:                    
"EU SOU o guardião".

HILARION
RETIRO EM CRETA-GRÉCIA; DONS DA CURA
Mentor da Verdade Imortal, da Ciência divina, de todos os ramos físicos e metafísicos da ciência e das artes curativas; o eterno empirista que traz à senda iniciática aquele que procura a verdade. "Conhecereis a verdade e a Verdade vos libertará"


MESTRA NADA
RETIRO NA ARÁBIA SAUDITA; DONS DA VARIEDADE DE LINGUAS E INTERPRETAÇÃO
A advogada da alma perante o tribunal da divina justiça, unificadora de famílias e de Chamas gêmeas; qualificadora do Amor como ministração e serviço a todas as partes da Vida.           "O servo não é maior que o seu Senhor"




SAINT GERMAIN
RETIRO NA TRANSILVÂNIA, ROMÊNIA; TABLE MOUTAIN, WYOMING (EUA); DONS DE PROFECIA E REALIZAÇÃO DE MILAGRES
Patrocinador das Américas, Senhor do Sétimo raio e da sétima era, alquimista do fogo sagrado que vem a nós com a dádiva da chama violeta da liberdade para promover a transmutação mundial:
" A luz de Deus nunca falha e a Amada e Poderosa Presença do EU SOU é esta Luz!"



MESTRE SANANDA…sua História, e Encarnações…uma delas como JESUS
Mestre Sananda é um dos Mestres que ganharam o seu aperfeiçoamento e as suas iniciações através de encarnações no Planeta Terra. Está entre os Seres humanos que têm sido escolhidos para substituir os Mestres Ascencionados em outros “Sistemas de Evolução Humana” que têm cumprido missões de serviço aqui na Terra para ajudar a Humanidade; e para substituir também, os Grandes Seres de Luz, nunca encarnados, que também cumprem sua missão neste sistema solar.

Mestre Sananda é já um dos dirigentes máximos do nosso sistema solar.
É um ser disciplinador, de vontade muito forte e controle de ferro. É hoje o Instrutor da Humanidade e continua trabalhando incansavelmente pelo despertar da consciência Crística.
ALGUMAS DAS ENCARNAÇÕES DE MESTRE SANANDA No que se refere ás encarnações bíblicas, Mestre Sananda aparece primeiro como Joshua, o Filho de Nun e aparece posteriormente, na época de Esdras, como Joshua. 
Como Joshua passa pela TERCEIRA INICIAÇÃO, como relatado no Livro de Zacarias. 





















Mãe Maria, a representação do vórtice feminino da energia do Deus Pai-Mãe universal, onde  a energia feminina ocupa seu lugar para resgatar a polaridade da Deusa perdida e mal  manipulada pelas forças involutivas das Trevas que se infiltraram  nas humanidades estelares e sedimentaram  profundas farsas dentro do arquétipo feminino adotado pela humanidade terrena. 
Esta energia se  entrelaça com a das outras Mestras de luz, como Kwan Yin, Nada, Rowena, Pórtia e muitas outras que são expressões do Cristo manifesto para a percepção humana, que através de canalizações  recebem os ensinamentos necessários para o despertar da humanidade.
Esta consciência esta ligada a um trabalho de restauração genética das almas a encarnar e a reprogramação do DNA sagrado para as novas crianças de luz que estão nascendo sobre a Terra, que já foram  identificadas pela nossa ciência com 20 bases nitrogenadas  confirmando  as canalizações do Senhor Trigueirinho da década de 80. 
A Mestra Maria como complemento do Arcanjo Rafael trabalha com o 5ª Raio junto ao Mestre  Hilarion e sua equipe em diversas atividades de energia e resgate consciencial onde a Federação e Confederação participam nas tarefas de aprendizado e ajuda para as almas terrenas.


Tomei conhecimento pela primeira vez deste nome e personagem extra-planetário  há cerca de trinta anos atrásmais ou menos, quando passei por uma montra de Livraria em Setúbal onde estavam expostas várias obras psicografadas de vários autores, tendo-me chamado a atenção um livro de capa azul intitulado "Os OVNIS - A Missão Celeste de Asthar Sheran", Comandante duma Frota Espacial Extraterrestre que comunica aos homens da Terra os objectivos de sua missão.
As mensagens publicadas no livro foram todas recebidas durante o ano de 1959 e a 1ª Edição foi publicada em Berlim nesse ano pelo autor Herbert Victor Speer, um médium telepata alemão bastante conceituado a nível mundial, tendo havido depois publicações feitas em Itália pela Editora "ALAYA" na década de 70, traduzido por Angélica Stenghel Colle, com Edição Portuguesa em Fevereiro de 1980.
O Livro tem várias mensagens que me chamaram a atenção e mais ainda pelo facto de eu ter reconhecido logo no princípio uma imagem desenhada pelo autor da Entidade comunicanteque me fez lembrar algo que se passara comigo meses antes num sonho que jamais esqueci até hojeA história desse meu sonho ou visão está exposta numa outra página deste meu site pessoal que pode ver aqui.
De resto, sou um crente em Deus (o Criador do Universo) e também na existência de Mundos habitados no seio do Cosmos com Civilizações mais avançadas em relação à nossa, com milhares de anos de evolução à nossa frente, podendo ser muitos desses Seres os tais 'Anjos' que várias vezes intervieram na Terra nos tempos bíblicos. Aliás, no livro acima referido fazem-se umas revelações muito interessantes que têm toda a lógica e tornam claros muitos 'mistérios' do passado que ainda hoje não foram decifrados ou explicados racionalmente pelos lideres religiosos que continuam alimentando muitas ideias fantasiosas pelas suas  interpretações erróneas que fazem dos textos sagrados como se estivessem certos em tudo o que dizemMas a verdade não é exclusiva de ninguém e todos podemos raciocinar livremente (foi essa a faculdade que Deus nos deu) coisa que já se perdeu em muita gente.
Por outro lado, muitos fenómenos mencionados no Velho e Novo Testamento (particularmente o que se passou no Mar Vermelho quando Moisés estava encurralado com seu povo e foi salvo dos soldados do Faraó) teve a ver com uma intervenção Extraterrestre que ali se operou com  várias naves poderosas projectando raios anti-gravitacionais obliquamente sobre as águas do mar abrindo caminho para que todos pudessem passar. Tudo isto sucedeu depois de terem  ajudado Moisés com o povo na travessia do deserto de Sin onde inclusivamente forneceram alimentos (o 'Maná), atirados de suas naves que os acompanhavam dia e noite e eram descritas como "colunas de nuvens". Esta Operação foi realizada pelos "Santini" de que fala Ashtar Sheran.
Existem também muitos factos nos textos sagrados das mais velhas religiões do Mundo, os Vedas e o Mahabaratta (mais antigos do que a Bíblia), que  falam de Seres vindos do Espaço com seus veículos espaciais (conhecidos por Vimanas nos textos hindus) que tinham a capacidade de se deslocar no ar, no mar, e no espaço, em velocidades fantásticas como hoje são observadas e descritas por milhares de pessoas no mundo inteiro. E para que não se duvide de sua presença nos tempos que correm, alguns sinais ou marcas misteriosas têm surgido nos últimos anos nos campos de trigo de vários países tal como se pode ver aqui.
Claro que isto exige muitas respostas por parte dos lideres políticos e religiosos que não saberiam dá-las se as pessoas começassem a fazer perguntas,por isso os governos preferem esconder  as coisas e evitar falar delas para não gerar polémicas que criariam decerto muita confusão na cabeça de muita gente que nada entenderia pelo facto de ter sido habituada a pensar de determinada maneira e colocariam em causa muitas coisas da Religião,devido à falta de respostas e de melhor explicação. Um dos exemplos mais recentes foi o que sucedeu em Fátima no ano de 1917, em Portugalonde ocorreu o chamado  "Milagre do Sol" que nada teve a ver com o Astro-Rei a 150 milhões de kilómetros de distância da Terra e sim com uma Nave extraterrestre que ali surgiu para dar um 'sinal' exterior de que as crianças videntes (os pastorinhos) estavam falando verdade devido à Mensagem que receberam duma Entidade luminosa que lhes apareceu em Maio desse ano. Recordo que a Igreja Católica da época até  rejeitou e maltratou as crianças influenciando mesmo o povo contra elas. Por isso, era preciso dar um grande sinal visível no céu naquela região do país que foi feito através da presença duma nave radiante de grandes dimensões que foi vista por milhares de pessoas que a confundiram com o Sol quando surgiu do meio das nuvens, tal como se descreve no meu artigo sobre "Fátima e Seus Segredos" que pode ver aqui.
Enfim, perante o estado de coisas que grassam neste Planeta, que já está ficando doente,  não é de admirar que estejam prestes a aparecer de novo por aí os Seres nossos irmãos do Cosmos que têm a missão de intervir em horas difíceis para salvar a Humanidade (ou parte dela) que corre agora riscos de ser destruida completamente por calamidades ou pela loucura dos homens com esta  forma de Civilização que estão levando o Mundo à destruição. Este Planeta no sistema Solar  até pode ser colocado fora de órbita numa Hecatombe Nuclear que poderá ser originada por uma 3ª Guerra Mundial que os homens podem despoletar a qualquer momento nem que seja por acidente. Existem milhares de armas atómicas com poder suficiente para originar tal situação.
Perante este cenário e tudo o que já se está passando no século actual, penso que já estão sendo tomadas medidas necessárias de uma Grande Intervenção Extraterrestre, com ordens divinas, tal como foram previstas ou anunciadas  no Sermão Profético de Jesus-Cristo para os tempos de "Juizo Final", porquanto viriam 'Anjos' e 'Santos' sobre as "nuvens do céu",  com "poder e grande glória" (no meio de brilho),  no meio dos Acontecimentos aqui na Terra que só terminarão quando esta estabilizar no seu eixo que também já está mudando de posição.
Fica aqui este meu pensamento,
Pausa para reflexão!





Quem é Melquisedeque?


Todos que lêem a Bíblia com freqüência já devem ter ouvido falar de Melquisedeque. Qual é, porém, a verdadeira identidade de Melquisedeque, o sumo-sacerdote do Velho Concerto?

Melquisedeque é sem dúvida um personagem misterioso da BíbliaEle é mencionado em somente três livros da Bíblia - dois no Velho Testamento (Gênesis e Salmos) e um no Novo Testamento (Hebreus).
O autor do livro de Hebreus diz que muita coisa sobre ele poderia ser dita, mas a interpretação seria difícil porque os  ouvintes se tornaram negligentes para receber essa palavra(Hebreus 5:11 12)… "porque já devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite e não de sólido mantimento”.
Ainda em Hebreus 7:3 lemos a respeito de Melquisedeque "sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida"... e "o qual recebeu o ofício do sacerdócio". Sem dúvida, esses atributos tais como "sem pai, sem mãe" ou como "sem genealogia, sem princípio de dias" caracterizam alguém com uma natureza sobrenatural.

Portanto, ao invés do que muita gente pensa, Melquisedeque não poderia ser de natureza humana, pois o texto diz que ele não tinha genealogia humana e os dias de sua existência não eram limitados Esses atributos são próprios de um ser eterno, e neste caso, de natureza divina.


 
Um sacerdócio imperfeito
(Hebreus 7:3)… "Sem pai, sem mãe, sem descendência, não tendo nem começo nem fim de dias...o qual recebeu o ofício do sacerdócio"
(Hebreus 7:11-12)… "se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (pois debaixo dele o povo recebeu a lei), que necessidade haveria que outro sacerdote se levantasse segundo a ordem de Melquisedeque e não ser chamado segundo a ordem de Aarão? Pois o sacerdócio sendo mudado, também é necessária a mudança da lei".
Esses textos deixam claro que Melquisedeque foi o sumo-sacerdote de um sacerdócio imperfeito, o que no caso se aplica ao Velho Concerto, baseado na lei do Velho Testamento. O Novo Concerto estabelecido através de Jesus Cristo refere-se ao sacerdócio perfeito, que veio suprir as incapacidades e limitações do Velho Concerto.



Similaridades entre Melquisedeque e Jeová

Há uma grande similaridade entre as características de Melquisedeque e de Jeová, o que prova que eles têem muito em comum. 
A seguir, estão relacionadas algumas das coisas que Jeová e Melquisedeque parecem se identificar:
. O padrão usado por Jeová é o da justiça, prevalecendo inclusive sobre a misericórdia (Êxodo 21:12-25; Levítico 24:20; Deuteronômio 19:21).  Por sua vez, o nome Melquisedeque significa "rei de justiça" (Hebreus 7:2).
. Melquisedeque era rei de Salém (Hebreus 7:2), a qual para muitos estudiosos corresponde à atual cidade de Jerusalém. Por sua vez, Jeová é chamado "deus de Israel", cuja capital é a Jerusalém atual, terrena, que não tem nada a ver com a Jerusalém celestial, também chamada de "Jerusalém do alto" (1 Crônicas 17:24; Êxodo 3:16; Gálatas 4:26).
. Melquisedeque tomou dízimos do despojo tomado por Abraão e o abençoou (Hebreus 7:1-6).  SimilarmenteJeová recebeu o dízimo dos descendentes de Abraão e abençoou o povo (2 Crônicas 31:10).
. Melquisedeque não tem começo nem fim de dias, ou em outras palavras - é eterno. Ele também não tem genealogia (Hebreus 7:3).  Jeová também é eterno e não tem pai, nem mãe, nem genealogia (Neemias.9:5).  Esse fato caracteriza ambos como seres divinos e sobrenaturais, como os anjos.
. Melquisedeque é o sumo-sacerdote vitalício do Velho Testamento (Gênesis 14:18; Hebreus  12:22).  Por sua vez, Jeová foi também o mentor da base sacerdotal do Velho Testamento, o qual orientou pessoalmente todos os serviços religiosos no templo, através de regras e exigências ritualísticas criteriosas. Um detalhe curioso nessa descrição do modelo sacerdotal do Velho Testamento é que as pedras que adornavam o éfode (peitoral) do sacerdote (Êxodo  28:6 a 21) são do mesmo tipo das pedras que adornavam o anjo que era o modelo de perfeição no Éden, o qual veio posteriormente a se ensoberbecer e rebelou-se contra o Deus Altíssimo (Ezequiel 28:13).
. É difícil interpretar o papel e o caráter do personagem Melquisedeque, como lemos em Hebreus 5:11, e da mesma forma é difícil compreender o caráter e os reais intentos de Jeová, o qual ora abençoava e ora castigava sem qualquer compaixão.
. Melquisedeque assumiu forma humana quando apareceu a Abraão (Gênesis 14:18-20). Por sua vez, Jeová também tomou forma humana quando apareceu a Abraão (Gênesis18:1-7) e anunciou que Sara teria um filho. 
Alguns teólogos entendem que Melquisedeque era o próprio Cristo no 
Velho Testamento e chamam esse tipo de ocorrência "Parousia" ou "Cristofania". Contudo, o fato do texto deixar claro que Melquisedeque era uma figura (tipo) de Cristo prova que ele não era o próprio Cristo.

O fato de Melquisedeque ter oferecido pão e vinho a Abraão não significam tampouco que Melquisedeque e o Filho de Deus sejam a mesma pessoa, da mesma forma como Adão não era Cristo, embora Cristo fosse chamado o "último Adão" (1 Coríntios 15:45). Além disso, em outra parte é relacionado o fato de que através de uma única ofensa (de Adão), entrou o pecado no mundo e atingiu toda a humanidade. De forma análoga, através de um único ato de justiça (de Cristo), a graça de Deus veio a ser derramada sobre todos os homens (Romanos 5:16-18).
Portanto, quando lemos que Cristo é sumo-sacerdote conforme a ordem de Melquisedeque, devemos entender essa relação como uma antítese, em que o reprovável e falível veio a ser substituído pelo aprovado e irrepreensível.
Melquisedeque é o sumo-sacerdote do Velho Testamento (ou do Velho Concerto), o qual se tornou obsoleto por causa de sua fraqueza e inutilidade, como diz Hebreus 7:18 e foi definitivamente abolido por Cristo (2 Corintios 3:16).



 
Melquisedeque, rei de justiça
A relação entre a justiça (a qual é associada com o nome de Melquisedeque) e a condenação está baseada no fato de que a lei aplica tanto a justiça como a condenação. A justiça implacável, porem, não leva em consideração a misericórdia nem a compaixão, que são atributos peculiares do verdadeiro Deus e Pai.
Por todas as evidências já relacionadas, poderíamos supor que Jeová e Melquisedeque são a mesma pessoa, embora isso não esteja totalmente claro nas Escrituras. Porém, ainda que não houvessem subsídios suficientes para associarmos Jeová com Melquisedeque, uma coisa é certa - ambos parecem estar intimamente relacionados, a começar pelo nome de Melquisedeque, que significa "rei de justiça".
Em Gênesis 18:25, Jeová é reconhecido pela sua justiça, porém não é a justiça que leva em consideração a misericórdia e a compaixão, a qual é um atributo peculiar e distintivo do verdadeiro Deus e Pai.
Uma coisa é certa - a índole violenta que Jeová revela em várias ocasiões no Velho Testamento ao destruir implacavelmente exércitos e cidades, combina perfeitamente com a personalidade de Melquisedeque, o qual veio ao encontro de Abraão para abençoá-lo logo após a matança dos reis inimigos (Hebreus 7:1; Gênesis 14:17-18)… "Pois esse Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, o qual encontrou Abraão retornando da matança dos reis, e o abençoou".

Portanto, aquela justiça que é atribuida ao nome de Melqueisedeque parece estar associada à justiça implacável, que não hesita em aplicar a condenação de forma radical e fulminante.
Se Jesus fosse Melquisedeque, como dizem alguns teólogos, Ele jamais iria abençoar Abraão logo após a matança dos reis, quando Abraão saiu vitorioso, porque o Filho de Deus não recompensa assassinos nem homicidas, nem iria estimular qualquer atitude dessa natureza. Pelo contrário, quando Jesus foi preso, seu discípulo Pedro cortou a orelha de um daqueles que o vinham prender, mas Jesus restaurou-a milagrosamente (João 18:10), para provar que Ele jamais foi à favor da violência, sob qualquer pretexto.

Da mesma forma, se Jesus fosse Melquisedeque, Ele jamais receberia dízimo de um despojo que teve o preço de sangue daqueles reis. No entanto, Melquisedeque não teve qualquer escrúpulo para tomar parte do fruto do saque (Hebreus 7:4), o que confirma que são sacerdócios completamente diferentes.



O perfeito e eterno sacerdócio de Cristo
Quanto ao aspecto sacerdotal, lemos em Hebreus 7:11-12 o seguinte: "Se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (pois debaixo dele o povo recebeu a lei), que necessidade haveria que outro sacerdote se levantasse segundo a ordem de Melquisedeque e não ser chamado segundo a ordem de Aarão? Pois o sacerdócio sendo mudado, também é necessária a mudança da lei".

Esse texto deixa claro que Melquisedeque foi o sumo-sacerdote de um sacerdócio imperfeito, que teve de ser mudado juntamente com a mudança da lei que o regia, e isso se aplica ao Velho Concerto. A imperfeição está no fato de que houve necessidade de ser estabelecido um novo sacerdócio perfeito e eficaz.

Isto significa que o sacerdócio do Velho Concerto foi mudado por um outro, cujo sumo-sacerdote é Jesus Cristo, o Filho de Deus, e por isso que o texto de Hebreus 7:12 diz que houve MUDANÇA de sacerdócio. Embora tendo sido executado de uma só vez, o sacerdócio de Cristo tem um alcance universal e eterno.

Melquisedeque estava incapacitado de prover salvação e redenção para quem quer que fosse, pois seu ministério era imperfeito e semelhante aos dos sacerdotes do Velho Testamento, que tinham que estar continuamente oferecendo sacrifícios por si mesmos e pelo povo. O sacerdócio levítico, assim como o sacerdócio de Melquisedeque, tinha caráter temporário e era exercido através de ministrações contínuas, com o sacrifício de animais e oferendas da alimentos (Hebreus 7:28), enquanto que o sacerdócio de Cristo é perfeito, eterno e único, realizado às custas de seu próprio sangue, como diz Hebreus 9:24 e 25.
O ofício sacerdotal iniciado por Melquisedeque não teve êxito porque era fundamentado apenas em oferendas religiosas e no sacrifício ritualístico de animais. Por causa disso, ele teve de ser substituído pelo sacerdócio de Jesus (Hebreus 7:11), o que significa que o sacerdócio do Velho Testamento deu lugar definitivamente ao sacerdócio do Novo Testamento.

Por extensão, o Velho Concerto se tornou repreensível e porisso foi rejeitado, havendo sido ABOLIDO por Cristo, como diz 2 Corintios 3:14-16. E assim, o ministério de Melquisedeque representa o ministério do Velho Testamento, o qual foi invalidado por Cristo por causa de sua FRAQUEZA e INUTILIDADE (Hebreus 7:18).

Por outro lado, o Novo Concerto foi aprovado, exaltado e glorificado, e por isso é chamado em Hebreus 7:22 de “um MELHOR concerto”. Após a ressurreição, Jesus foi constituído "autor de uma eterna salvação", como diz Hebreus 5:7-9… "Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu, e sendo consumado veio a ser a causa da ETERNA SALVAÇÃO para todos os que lhe obedecem".

O fato do sacerdócio de Jesus Cristo ter sido “segundo a ordem de Melquisedeque”, como diz Hebreus 5:6, 7:17 e 7:21, não significa que os dois ministérios estavam relacionados entre si, como se um fosse uma continuidade do outro, visto que as diferenças entre eles são muito grandes, a saber:

- o sacerdócio de Melquisedeque foi temporal enquanto que o de Cristo foi eterno (Hebreus 7:25);
- no sacerdócio de Melquisedeque e de todos os sacerdotes do Velho Testamento, o sangue usado para expiação era de animais (bodes, bezerros, touros e novilhas), enquanto que o sacerdócio de Cristo foi exercido com o derramamento de seu próprio sangue (Hebreus 9:12-14);
- Cristo é ministro do santuário do VERDADEIRO tabernáculo estabelecido por Deus (Hebreus 8:2), e não do VIRTUAL, que foi exercido por Melquisedeque e por todos os sacerdotes do Velho Testamento;
- com a mudança do sacerdócio houve também a mudança da lei (Hebreus 7:12) e assim, todo aquele arcabouço ritualístico de religiosidade aparente, que regia o ministério do Velho Testamento, deu lugar ao ministério eficaz e autêntico de Jesus no Novo Testamento (Hebreus 8:6; 8:13; 2 Corintios 3:6).

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